FRATURA DO FÊMUR PROXIMAL

Este termo envolve diferentes tipos de fratura, tais como fratura da cabeça femoral, do colo femoral, transtrocantérica ou subtrocantérica, sendo levado em consideração a localização exata da fratura.

Acomete principalmente pacientes idosos e está relacionada à queda da própria altura, mas também pode acometer jovens quando relacionado, em sua maioria, a traumas de alta energia (acidente automobilístico, por exemplo).

A fratura do fêmur apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade, requer um tratamento de urgência multidisciplinar e em sua imensa maioria a indicação cirúrgica é o mais adequado.

Fatores de risco:
  • Osteoporose
  • IMC baixo
  • Falta de equilíbrio (múltiplas quedas)
  • Sedentarismo (fraqueza muscular e baixo reflexo)
  • Tabagismo
  • Pouca exposição solar
Prevenção:
  • Tratar osteoporose
  • Atividade física ao ar livre
  • Reeducação alimentar
  • Ambiente seguro (boa iluminação, corrimões, evitar tapetes...)
  • Calçados adequados
  • Cuidados com a visão
  • Acompanhamento periódico das comorbidades (hipertensão, diabetes...)
Diagnóstico:
O correto diagnóstico ocorre baseado nas informações que o paciente relata, associadas a um completo exame físico realizado no consultório e exames complementares (radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros).

Em sua maioria o paciente apresentará dor intensa no quadril, incapacidade de movimentar o quadril e encurtamento do membro acometido.

A radiografia é um excelente exame de imagem para confirmar o diagnóstico e expor ao especialista o grau de comprometimento, assim como o tratamento mais indicado.
Tratamento:
A abordagem cirúrgica é o tratamento adequado nos casos de fratura do fêmur proximal, exceto em raros casos em que o paciente não possui condições clínicas para tal. O intuito da cirurgia é proporcionar a reabilitação funcional o mais precocemente possível, associada à menos dor e complicações.

O tipo de técnica e o material mais indicado será avaliado pelo especialista considerando-se o grau de instabilidade da fratura e o exato local acometido (cabeça femoral, colo femoral, transtrocantérica ou subtrocantérica).

Após a abordagem cirúrgica, o paciente requererá a manutenção de um acompanhamento multidisciplinar de forma a reabilitá-lo e evitar novas fraturas e novas quedas, assim como complicações relacionadas ao procedimento (pseudoartrose, infecção, deiscência de pontos, entre outros).

Dr Marcelo Zerbetto

Médico ortopedista e traumatologista com especialização em quadril pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Realizei minha formação médica e especialização em Ortopedia e Traumatologia na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP).
Sou membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Atualmente realizo atendimentos e cirurgias no Vale do Paraíba e na cidade de São Paulo.


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